Comunicação Não-Violenta: Humanizando Relações

Esse post discorre sobre minhas observações ao longo da leitura do levro abaixo:

Você já parou para pensar na importância das palavras que escolhemos para nos comunicar? Ou como nossas interações diárias podem ser transformadas através de uma abordagem mais consciente e empática? Estas são algumas das reflexões que tenho feito desde que mergulhei nas páginas do livro “Comunicação Não-Violenta” de Marshall Rosenberg.

Tive os primeiros contatos com o conceito de comunicação não-violenta através de uma conversa casual com um amigo anos atrás, mas foi apenas quando recentemente participei de um treinamento de “soft skills” que a curiosidade de me aprofundar mais sobre o assunto germinou e foi através do estudo da bibliografia desse curso que encontrei esse livro.

A jornada através das páginas deste livro tem sido bastante reveladoras. Descobri que a comunicação não-violenta vai muito além de meras técnicas de diálogo (como ensinado no curso); ela pode ser considerada uma filosofia de vida que nos convida a reconhecer a humanidade em nós e nos outros, e a nutrir conexões genuínas e construtivas.

Como Marshall Rosenberg sabiamente observou: “Comunicação não-violenta assume que todos os seres humanos têm as mesmas necessidades básicas. Tudo o que fazemos é uma tentativa de satisfazer essas necessidades.”

Em um mundo onde a comunicação muitas vezes se torna um campo de batalha, onde palavras são usadas como armas e mal-entendidos são comuns, a abordagem da comunicação não-violenta surge como um farol de esperança. Ele nos ensina a arte de ouvir com empatia, de nos expressar com autenticidade e de buscar a compreensão mútua.

Uma das principais lições que aprendi é a importância de reconhecer e expressar nossas necessidades de forma clara e respeitosa. Muitas vezes, durante uma conversa, estamos tão focados em transmitir nossa própria mensagem que negligenciamos as necessidades e sentimentos da outra pessoa. A comunicação não-violenta nos lembra de que todos temos necessidades legítimas e que podemos satisfazê-las de forma colaborativa, sem recorrer à violência verbal ou emocional.

Em outra parte do livro Marshall Rosenberg disse: “Quando as pessoas reconhecem que estamos nos comunicando as nossas necessidades, em vez de estratégias para satisfazê-las, nossa compaixão flui mais livremente.”

Além disso, a prática da escuta empática tem sido uma verdadeira revelação para mim. Quando nos comprometemos a ouvir não apenas as palavras, mas também os sentimentos e necessidades subjacentes, abrimos espaço para uma conexão mais profunda e significativa. Afinal, todos desejamos ser compreendidos e valorizados, e a escuta empática é uma maneira poderosa de demonstrar esse cuidado.

Outro aspecto fundamental da comunicação não-violenta é a habilidade de lidar com conflitos de forma construtiva. Em vez de evitá-los ou suprimi-los, somos encorajados a enfrentá-los com coragem e compaixão. Isso envolve reconhecer a validade dos sentimentos de ambas as partes, buscando soluções que atendam às necessidades de todos os envolvidos. É um processo desafiador, mas recompensador, que pode transformar conflitos em oportunidades de crescimento e entendimento mútuo.

À medida que mergulho mais fundo na prática da comunicação não-violenta (ainda estou na piscina pra newbies em relação a esses assuntos), percebo como ela pode revolucionar nossas relações, tanto pessoais quanto profissionais. Ao adotarmos uma abordagem mais consciente e compassiva, podemos construir pontes onde antes havia divisão, cultivar laços de confiança onde antes havia desconfiança, e promover uma cultura de respeito e colaboração em todos os aspectos de nossas vidas.

Não que seja uma coisa fácil de ser atingida e que, apenas por que lemos um livro, já estamos planos a respeito do assunto, mas ele é um ponto inicial de reconhecimento de que existe algo mais do que a forma como nos relacionamos. Lembro bem as palavras do professor do curso que fiz: “Não podemos nos satisfazer com relacionamentos apenas transacionais. Nós podemos ter relações mais profundas com as pessoas ao nosso redor, seja nosso(a) companheiro(a), o porteiro, o vizinho, o chefe, o subalterno, etc.”.

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